Me pego olhando para um ponto qualquer e lembrando de você, de cada palavra e de todos os nossos sorrisos e sonhos. Queria chamar seu nome e queria mais ainda que você ouvisse mesmo com essa distância enorme que existe entre nós. Essa ferida que não fecha nunca, que nenhum mertiolate curou, que nenhum band-aid conseguiu cobrir, esse encanto que permanece aqui no meu peito.
Queria que essa tempestade acabasse ou que eu acordasse e olhasse para o lado e te visse ali, sorrindo. Mas todos os dias pela manhã quando eu acordo tenho que te deixar embaixo dos travesseiros para que eu possa te buscar a noite, todos os dias de noite eu crio mais planos e mais expectativas mesmo sabendo que não é eu quem você quer. Todo mundo diz que passa, mas eu queria saber o dia, a hora e o segundo.
Sua voz está gravada na minha mente, você está no meu coração. Queria entender tantas coisas que você não me explicou quando partiu e me deixou sozinha sem olhar para trás. E a esperança que você me procure e diga que vai ficar tudo bem está sempre aqui comigo. Doce dor, doce ilusão.
A dor já está anestesiada, não sinto mais nada. Você me ensinou muitas coisas, me protegeu do mal que nos cercava e nos seus braços eu sempre me encontrei segura. Quando perguntam de você, parece que está tudo no automático, digo que já passou e que está tudo bem. Não está tudo bem, você não está aqui.
Eu fecho os olhos e consigo me lembrar de tudo, sei te descrever exatamente do jeito que você é, lembro desse teu sorriso de dar inveja em qualquer um. Tenho nossas fotos, tenho suas mensagens, só não tenho você para aquecer meu coração.
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