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Seja a boa mudança


Às vezes fico aqui pensando sobre as mudanças que ocorrem nas pessoas.

Num passado um pouco distante, você é um alguém tão ingênuo. Tenta ver o melhor de todos. Acha que quem está a sua volta merece uma segunda chance, independente do que fizeram para ti. Não se importa em deixar de fazer algo que é importante pra você, para fazer uma coisa e agradar outra pessoa e não a si. Quanta ingenuidade. Nessa fase a gente não vê o mal em ninguém, porque acha que todos podem ter o coração bom, só basta eles quererem. É numa dessas em que você passa por algumas situações bem desconfortáveis, problemas, e aparece algum amigo seu pedindo ajuda e sem pensar duas vezes, você vira a noite dando conselhos. Então acaba se esquecendo dos seus próprios problemas, porque os “guardou” pra ajudar quem precisa. Tão altruísta.


De tanto querer o bem e não receber o mesmo de volta, você se cansa. Até porquê, não dá para ser paciente por muito tempo. As pessoas mudam. Coisas acontecem para te fazer enxergar o mundo de uma forma diferente. Todos os dias você muda um pouquinho. Todos os dias você acaba sendo mais egoísta, mais individualista, mas egocêntrico, mais mesquinho, mais um monte de coisa; e não percebe. Começa com um: “Ei, faz isso aqui pra mim?” “Faço, mas depois, agora tô ocupado” e então, passa a ser: “Ei, me ajuda aqui?” “Não dá, tenho muita coisa para fazer. Pede pra outra pessoa”. Você nem percebe quando isso acontece, não é? Eu sei, te entendo, eu também não percebi quando aconteceu comigo.

O fato é: As pessoas só gostarão de ti, se você tiver algo para dar a elas; seja conselhos, dinheiro, comida ou um ouvido. Demorei a entender, mas o convívio social é feito de trocas. Você também só gosta de alguém porque este alguém tem algo a te oferecer; amor, carinho, abraço, beijos, palavra amiga, dinheiro, emprego, pense em qualquer coisa que esse alguém pode te dar e você se sentirá satisfeito com ela. Mas retomando a como as pessoas deixam de ser ingênuas: Levando tapas da vida. É como se seu coração começasse a diminuir, a cada tropeço ou decepção, você perde um pedacinho dele e perde, também, a esperança de encontrar bondade nas pessoas.

Se você for dessa gente, como eu, que mesmo quando não se importam com você, ainda sim quer o bem delas, só tenho uma coisa a dizer: Você é a salvação do mundo, a esperança; talvez assim, passam a ser menos individualistas e possam pensar mais no coletivo. E então, quem sabe, as coisas mudam? Mesmo que não pareça, não deixei de acreditar no melhor do ser humano.



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